FIM DE CURSO DE DELINQUENTES
Por
Humberto Pinho da Silva
Recentemente, um grupo numeroso
de finalistas do ensino secundário, foi de excursão a Espanha.
Estranhei, que em lugar de
professores (será que foram?) eram acompanhados e vigiados por agentes de
autoridade e pela agência que organizou o passeio.
Mas, mais estranho é, que uma
vez instalados no hotel de quatro estrelas, tenham tomado atitudes de
arruaceiro:
Sujaram paredes; escreveram nas
portas; lançaram colchões pelas janelas; brincaram com extintores de incêndio;
e outras tropelias impróprias de gente civilizada.
Curioso é, que ao comentarem a
ocorrência, houve quem afirmasse: que casos semelhantes – e até piores, – tem
acontecido em anos anteriores, com estudantes!
Houve mesmo quem aprovasse,
declarando: que tinham seguro, e que o hotel já devia saber: que em passeios de
fim de curso, há sempre excessos e destruição…
Querem dizer: os adolescentes,
os futuros doutores… e educadores, comportam-se como os criminosos! …
Há exagero, bem sei, na
comparação, mas verdade é: tanta violência e desrespeito pela propriedade
alheia, é fruto da má ou nenhuma educação, que receberam.
Não me venham dizer: “São
jovens, querem divertir-se “, porque também participei em passeios de
estudantes, e nunca se comportaram como marginais! …
A culpa do desvario, não é dos
jovens, mas dos pais e das autoridades – diria melhor da sociedade, – que tudo
desculpam e parecem terem medo de dizerem: “NÃO”.
A coletividade está,
infelizmente, cada vez mais violenta:
O Instituto Nacional de
Medicina Legal e Ciências Forenses, revelou: que, em Portugal, a violência no
namoro, aumentou 60% em três anos!
A maioria das vítimas são
mulheres, mas o número de homens, tem aumentado (de 2014 a 2016, teve uma
subida de 83,3%!).
A razão plausível de tanta violência – que já
chegou ao interior, – é a má educação que os jovens – de ambos os sexos, –
recebem.
Até no desporto – onde devia
haver “ espírito desportivo”, se verifica o recrudescimento da violência! …
O único caminho, é:
responsabilizar os jovens, e educá-los à “ moda antiga”.
Não é preciso bater: basta “
obrigá-los” a respeitarem: os pais, os avós, os professores e os idosos.
Se conseguirem isso, é meio
caminho andado.
Mas é bom lembrar, o que diziam
os antigos:
“É de
pequenino que se torce o pepino”…
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